6.10.09

Reminiscências da adolescência...

Como a brisa da alvorada

Anuncia uma esperança fria,

Assim a lua abandonada

Deixa viver um novo dia…

E o farol que já foi barco,

Já não navega e agora, só,

Fica estático, parado,

Contempla o mar, mas olha só!

Como à noite sucede o dia,

E se escondem os astros escuros;

Como o vento abraça as rochas,

Também o amor despreza o mundo!

E a árvore que já foi ave,

Já não voa e agora, só,

Fica estática, parada,

Olha o mundo… mas olha só!

Dina Araújo (1999)