Agradecer Abril II... (lendo e divulgando as histórias...)

«“Vão-se embora, meninos. Hoje não há mais aulas.” Teste de Matemática adiado? Então a coisa era mesmo séria. E era. Nessa tarde de folga, em conversa lá em casa, fiquei com a certeza de que os meus pais sabiam mais de política do que eu jamais tinha imaginado. E explicaram-me o que estava a acontecer. O governo de Marcello Caetano tinha sido derrubado, Américo Tomás, ou o corta-fitas como eu os ouvia chamar-lhe de vez em quando, também não tinha condições para continuar no cargo e o povo andava na rua, livremente, sem nada nem ninguém que o segurasse. Tinha chegado a Liberdade. (...) (Vale a pena ler o texto integralmente aqui!)»

Dá que pensar...

"Saúde: Cuba já operou 14 idosos de Alandroal com problemas oftalmológicos"

"(22 Abr -Lusa) Catorze idosos do concelho alentejano de Alandroal, entre os 75 e 91 anos, com doenças oftalmológicas, sobretudo cataratas, e alguns deles há anos em lista de espera em Portugal, foram operados em Cuba na semana passada.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do município de Alandroal, João Nabais, explicou hoje tratar-se do "primeiro grupo" de doentes oftalmológicos do concelho a "rumar" a Cuba para ser operado, no âmbito de uma parceria estabelecida com os serviços de saúde cubanos.(...)" (mais aqui)



O que acham disto?

De louvar a iniciativa da Câmara, como uma mais valia social...

Mas que dizer do nosso Serviço Nacional de Saúde? Quanto a mim, esta iniciativa do poder autárquico, foi uma chapada de luva branca ao poder central.

E Cuba? Ditadura comunista, em que o povo é controlado pela opressão da liberdade de expressão, onde a maior parte da população vive de uma economia paralela e clandestina, falsamente aberta ao tursimo, e claramente isolada da aldeia global de informação que o mundo se tem vindo a tornar nas últimas décadas... consegue ter um Serviço Nacional de Saúde organizado para dar resposta às falhas de outros...

Antecipação do Verão!

Aquele que para alguns é um fim de semana prolongado, para mim são dois dias de descanso, uma vez que este Domingo trabalho. Contudo, estes dois dias, tiveram um sabor antecipado de Verão... Uns jantares entre amigos, com conversas até altas horas em esplanadas, após um dia de praia. Esta, por sua vez, esteve óptima, com a água com temperaturas melhores que nalguns dias do Verão passado! Aquela sensação de abandono do corpo na areia, enquanto se sente o solinho na barriga e se ouve o mar lá ao fundo, é das melhores formas de recarregar as baterias... Meus amigos, que estes dias sejam um bom auspício do Verão que se aproxima!

Agradecer Abril!

Se há feriado que o meu fervor patriótico se exalta em comemorar é o 25 de Abril! Pelas conquistas desta revolução, somos o povo que somos hoje (apesar de tudo há que ser optimistas!)!
Sob o estandarte dos valores de "Abril", a minha geração e todas as que se seguem ao 25 de Abril de 1974, devem reinventar novos ideais por que lutar, actualizando os motivos que deram sentido à revolução dos cravos... porque apesar de nem sempre ser "o povo quem mais ordena", a voz e a liberdade de a usar na luta pelos nossos direitos, ninguém nos pode tirar!

Liga dos Últimos!

Se eu tivesse um top + dos meus programas desportivos preferidos, este estaria seguramente em primeiro lugar! Retrata o que de mais puro e genuíno há por esse Portugal fora. Desde equipas de futebol cuja estrela tem 48 anos, pedreiro de profissão e segurança à noite, passando pela equipa cujo treinador é também jogador, jogando lado a lado com o filho e sobrinho, até à descrição das magníficas sedes dos grupos desportivos, com actividades tão lúdicas e culturais como concursos de flatulência! Hilariante do princípio ao fim! Vale a pena ver...

Aqui fica uma amostra... para mais informações e horários dos programas aqui



"Um gajo embubeda-se ao sábado à noite... levanta-se no domingo de manhã para ver futebol e depois... não há futebol!!"
"A coisa mais importante do futebol não é a bola... é o bar!"

para começar o fim de semana... poesia!

Imperdível este videoclip do "Duo SãoLindas"...

A propósito das cabras deste mundo...

Hoje, 15 de Abril, na página 19 do Jornal Destak, esse colosso de informação, pode-se ler:

"Um fazendeiro búlgaro decidiu trocar a sua mulher por uma cabra porque a sua esposa não podia ter filhos. A troca aconteceu há aproximadamente um mês, num mercado da cidade de Plovdiv, na região Central da Bulgária. Stoil Panayotov, de 54 anos, resolveu abdicar da sua terceira mulher, Elena, por uma cabra de oito anos. O búlgaro relembra que, um dia antes da troca, um amigo lhe tinha dito que não tinha sorte com as mulheres e que realmente gostava da sua. Panayotov acrescenta que a troca só foi concluída depois de Elena dizer que concordava com a transacção. O fazendeiro búlgaro diz que o seu amigo ficou bem, com uma mulher novinha, e que ele próprio está satisfeito com o negócio pois a cabra em segunda mão já teve três filhotes."

Apesar de este ser um exemplo quase incensurável do jornalismo de qualidade a que o Destak nos habituou fica por esclarecer:


1. A opinião da Cabra relativamente à transacção.


2. Quem é afinal o pai dos três filhotes da Cabra, o actual "companheiro" ou o anterior...


Atrevo-me ainda a acrescentar que tais casos não acontecem apenas nos países de leste... diariamente vários homens trocam as suas próprias mulheres por "cabras" no ocidente e ninguém faz disso notícia...

O que se ouvia há 25 anos...

Celebrating...

1/4 de século!...

Ainda Praga... curiosidades! (II)

Sou uma apreciadora de cerveja e, quando viajo, faço especial questão de provar as cervejas desses locais. Praga não foi excepção. O sítio escolhido para o efeito foi U Flekú, uma emblemática cervejaria de Praga, cujos registos indicam o fabrico de cerveja no local desde 1459.

A cerveja, actualmente ainda de fabrico próprio e tradicional, é preta e de sabor forte. O ambiente é o de uma tasca boémia. Largas e compridas mesas de madeira e bancos corridos, o barulho das conversas e dos risos que o álcool faz despoletar, mistura-se com a música que um duo de acordeão e aquilo que me pareceu uma tuba, vai tocando de mesa em mesa. Entramos e sentámo-nos numa dessas mesas que partilhámos com um grupo de russos.

Ainda nós estávamos a olhar em volta, a apreciar o ambiente, já um dos empregados com uma bandeja de uns cinquenta centimetros de diâmetro, carregada de canecas de cerveja preta, nos depositava em cima da mesa as ditas, mal nos dando tempo de recusar. Eu fui das que aceitei e gostei! Pedidas as bebidas, nova ronda, novo empregado a oferecer um licor típico da República Checa ("oferecer" é força de expressão como verificámos quando veio a conta), o "becherovka", um licor aromático feito de uma mistura de várias ervas e especiarias, demasiado apelativo para os meus sentidos.

Enquanto descansávamos e disfrutávamos do ambiente, ouvíamos os músicos a aproximarem-se e vimo-los tocar "serenatas personalizadas" em todas as mesas no seu caminho, findas as quais, o turista contribuia com uma nota que o músico da tuba, colocava dentro do respectivo instrumento musical.

Pensámos... ora aqui está uma excelente armadilha para o turista incauto que perante tanta simpatia se vê compelido e gratificar os músicos. e porque não confessar, procurámos passar despercebidas... o que não resultou. Dirigem-se à nossa mesa, num inglês macarrónico perguntam-nos de onde somos. Perante a resposta Portugal, as habituais referências a clubes de futebol e respectivos jogadores portugueses. (Sabem, aqueles comentários que parecem interrogar, vocês são do Portugal do Figo e de Mourinho ou do outro?) Qual não é o nosso espanto quando ouvimos os acordes da música "Coimbra é uma lição". O inesperado do tema escolhido para a "nossa serenata" fez-nos rir enquanto trauteávamos a música perante o olhar sorumbático e de expressão indefinível dos russos ao nosso lado. Escusado será dizer que o duo foi gratificado com uma notinha para juntar às outras dentro da tuba... mas foi um momento que valeu a pena!

Ainda Praga... curiosidades! (I)

Querem ver as estátuas de uma cidade polidas até brilharem? Lance-se o boato que tocar-lhes trará boa sorte a quem o fizer. Parece parvo não?

Na cidade de Praga, na belíssima Ponte de D. Carlos, uma das muitas estátuas é a de S. João Nepomuceno; este foi vigário da diocese de Praga algures no século XIV e terá sido injustamente preso, torturado até à morte e lançado o seu corpo ao rio a partir desta mesma ponte. Ora, diz a lenda que quem tocar na estátua terá sorte e regresso garantido a Praga. Como se pode adivinhar todos os anos milhares (milhões???) de turistas esperam desordeiramente junto a esta estátua e, num ritual quase animalesco, colocam lá a "pata da frente" e... sorriem para a foto!

Tudo o que cabe no meu silêncio (parte III)

Por último, como facto digno de registo deste meu silêncio mais prolongado do que o habitual, Lizy, a minha cadela, conhecida pela sua personalidade forte, na Marisol e arredores, foi atropelada à porta de casa (por um daqueles camelos que fazem desta estrada, a segunda via rápida para a Costa da Caparica) e fracturou a pata. Foi operada encontrando-ser a convalescer.

Ogan, o meu cão, e filho dedicado da Lizy, mostra-se solidário com a mãe, fazendo-lhe companhia.

(Estes dois seres são tão amigos e fieis que já mereciam uma menção, mesmo que breve, neste espaço!)

Tudo o que cabe no meu silêncio (parte II)

Nem tudo foi mau durante esta minha ausência "virtual"!

Além do trabalho, com turnos mais ou menos pesados, estive presente no Congresso da Nursing, nos dias 13 e 14 de Março, na FIL, com a minha colega e amiga Susi Lu. Estive ainda presente no 2º Curso Internacional de Reconstrução Osteo-Articular em Tomar, do qual destaco o Workshop de Instrumentação de fracturas Peri-articulares do Ombro, dinamizado de uma forma muito competente por dois colegas da casa (HGO). Como qualquer evento deste género, a parte social serviu entre outras coisas para trocar experiências com colegas de outro serviço e fomentar relações inter-institucionais, num ambiente diferente diferente das quatro paredes de um bloco operatório.






Na semana que antecedeu a Páscoa viajei para Praga com quatro amigas, e encantou-me a beleza arrebatadora daquela cidade. Aconselho vivamente!









E Páscoa não é Páscoa para mim se não for no Alentejo. Adoro esta terra na Primavera, pelas cores, pelos cheiros, pela tranquilidade... apesar da azáfama das noitadas que quem conhece a malta alentejana, já se habituou. O almoço ao campo, tradição cujas raízes não as sei situar no tempo, foi cumprido entre amigos, embora o campo este ano tenha sido outro! ;) Revivem-se algumas memórias, confronto-me com algumas necessidades de mudança... esta terra que não é minha mas que a sinto como se fosse, tem este efeito em mim!

Tudo o que cabe no meu silêncio (parteI)

Reconheço que tive que tomar fôlego para começar a escrever este post... as paragens enferrujam-nos e há muitos aspectosda minha "simple life" destes últimos tempos que não têm sido retratadas neste meu diário de bordo!
Como alguns souberam, e outros provavelmente não, tive um estúpido de um acidente DENTRO de um autocarro no final de Janeiro. Como o autocarro ia em velocidade excessiva, ao passar por cima de uma lomba, fui projectada e bati com a anca nuns bancos mais à frente. Desta brincadeira resultou um hematoma na coxa de dimensões indescritíveis que ainda não foi totalmente reabsorbido. Na altura tive que ficar 15 dias de baixa em casa, e fazer descarga no membro, isto é, repouso absoluto e canadianas para me deslocar! Passados três meses quase vou ter que começar a fazer fisioiterapia porque esta merda não desaparece nem por nada. Dores contudo, já mesmo só quando sou obrigada a estar muitas horas de pé, o que no meu trabalho é, digamos, quase diariamente!
Na altura fiz queixa formal à companhia, que após muita insistência e alguns revezes, lá activou o seguro. Fui inclusive "peritada" pelo perito do seguro da companhia deles; todos com quem falei, inclusivé a companhia de seguros, me passaram a mão pelo ombro demonstrando a sua compreensão e garantiram-me que a situação iria ser resolvida. É que além do prejuízo dos quinze dias de baixa, soma-se os tratamentos e outras despesas associadas. Resposta da companhia de Seguros Tranquilidade: por não ser possível confirmar as circunstâncias do sinistro não se responsabilizam pela regularização dos danos resultantes!
Clássico!
Mas farta dos maus serviços prestados pelos Transportes Sul do Tejo, e indignada com os preços praticados, apesar do dinheiro não valer a chatice, vou continuar esta luta in gloria. Começando por, a partir de agora, qualquer atraso dos autocarros, qualquer falha nas carreiras, qualquer condução louca que presenciar vai direitinha para o livro amarelo!
É o sistema que temos...