26.1.08

Jovens, álcool e... Deus nosso senhor! :)

Bar funciona por baixo da igreja dos Santos Mártires
"A criação de um bar na cave de uma igreja, em Bragança, está a preocupar alguns dos habitantes da zona dos Formarigos, onde funciona a Academia da Juventude, um projecto da paróquia dos Santos Mártires que trabalha no âmbito do apoio aos jovens. A igreja está localizada mesmo em frente ao Instituto Politécnico de Bragança (IPB), frequentado por mais de seis mil estudantes, que são o público-alvo da iniciativa. O assunto divide a vizinhança e não é pacífico. Uns concordam e garantem que se trata de uma boa opção para os jovens, "não sou cliente, mas vou ser, acho normal haver aqui um bar, às vezes também vou à missa, não vejo qual o problema", garantiu Cristiano Matos. São as idosas quem radicaliza as posições e se manifesta totalmente contra. "Um sítio de sem-vergonhice não pode funcionar por baixo de uma igreja", referiu Maria Amélia Carrachela. Outra vizinha, testemunha de Jeová, considera que é mau "um negócio numa igreja". Sandra Cordeiro, a responsável pelo projecto, garante que chamar ao espaço "um bar" como qualquer outro é muito redutor, acrescentando que não se trata de um bar, "mas de um projecto cultural e recreativo para jovens. "O bar é um serviço de apoio às actividades", explicou. O projecto dá apoio a iniciativas ligadas à música, dança, cursos de línguas, etc.. A paróquia organiza espectáculos, exposições no local e dispõe de Internet wireless. "Podem vir, trazer o computador portátil e trabalhar, conviver e beber um cafezinho", justificou. O estabelecimento é semelhante aos outros, além de café e refrigerantes, vende bebidas alcoólicas. "O álcool entra porque os jovens habitualmente consomem bebidas alcoólicas, mas vamos alertar para que bebam com moderação", explicou Sandra Cordeiro. O acesso é restrito a sócios ou a estudantes universitários e o bar não funciona nos horários da missa. A coordenadora do projecto recusa a ideia do local como um bar vulgar, pelo que não vão entrar em concorrência com os que já existem, e reforça a ideia de que serve para leccionar catequese e para ajudar os jovens que não têm a atenção da cidade. "

In JN

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