11.3.09

Poemas de Aleixo... (o poeta do povo)

...porque a simplicidade, despretensiosismo e sabedoria desta poesia popular também me faz sorrir!

Correu vales e montes a mentira
Montada no corcel da fantasia...
Mas ela vai cair, pressente o dia
Em que há de sucumbir, bufando em ira
Que lhe teça a mortalha a nossa Lira,
Que seja a sua morte a Poesia!...

E, em vez de se cantar a formosura
Da mulher elegante e de bom porte,
Cante-se quem motivou a desventura
Daqueles que merecem melhor sorte
- É que, cavando a própria sepultura,
Buscando a vida, só acham a morte!...

António Aleixo

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